Um lugar que é parte de uma pessoa que transborda em obras de arte. Assim se poderia “traduzir” Marcos da Sertânia, artista cujo nome foi cunhado pela identificação com a região de origem e cuja essência respira as histórias do sertão pernambucano e ganha materialidade em lindas esculturas de madeira.
Cachorra Baleia, peça mais célebre de Marcos, nasceu assim. Através da própria vivência, as privações da vida no sertão começaram a naturalmente aparecer no ofício de esculpir madeira. E, assim, o artista se percebeu esculpindo as formas magras e “encompridadas” que caracterizam tão bem a sua identidade criativa.
Marcos começou cedo e de forma intuitiva, observando os mais velhos e, ao mesmo tempo, tentando encontrar o que fosse novo, seu. Aos poucos, chegou às formas de sua peça mais célebre, a Cachorra Baleia, batizada como homenagem ao personagem da mais famosa obra de Graciliano Ramos, Vidas Secas.
Marcos da Sertânia hoje é mestre artesão reconhecido pelo Governo do Estado de Pernambuco e um dos artistas mais prolíficos do Brasil, criando oportunidade de trabalho e renda para diversos outros artesãos que o ajudam a seguir criando e espalhando essa arte que vem da terra e ganha o mundo.
